*Por Marcel Farto, CEO da ONCLICK
Nos últimos meses acompanhamos diversas transformações nas relações sociais e econômicas, inclusive no comércio brasileiro. Dados revelam a ascensão das compras online, que tiveram seu pico no ano passado. De acordo com o Movimento Compre&Confie, o e-commerce cresceu 56,8% em 2020 quando comparado aos primeiros meses de 2019.
As restrições nos centros físicos de compras mostraram que as pessoas ficaram mais em casa, mas isso não quer dizer que não foram economicamente ativas. Os hábitos de consumo já vinham mudando conforme os avanços da tecnologia. Porém, houve a aceleração desse cenário de inovação.
Para 2021, as vendas em lojas online tendem a subir. Segundo um estudo da E-bit|Nielsen, o e-commerce deve crescer 26%, atingindo um faturamento de R$ 110 bilhões e, como as mudanças não param, já temos um novo direcionamento.
Recentemente, o termo commerce é a nova tendência ao interligar a loja física com a virtual. Entre as muitas vantagens de oferecer uma experiência integrada está a liberdade de escolha oferecida ao consumidor. O cliente pode escolher o local ideal para que realize a ação desejada, como comprar no ambiente online de forma rápida e trocar no físico mais facilmente. Com isso, ele mostra mais satisfação e fidelização.
Tudo é questão de experiência. A base de informações sobre a empresa, produtos e serviços na Internet pode ser muito mais extensa, fazendo com que o consumidor se identifique com a marca. Enquanto o relacionamento pode ser consolidado nos canais de atendimento e no presencial.
As tendências do commerce para 2021
O Brasil já lidera o ranking de mais vendas via comércio eletrônico em toda a América Latina. Acompanhar as tendências do seu segmento é fundamental, afinal, cada um tem as suas peculiaridades.
Da mesma forma, ficar atento à personalização e oferecer soluções exclusivas para aqueles que são clientes fiéis à sua loja de varejo. Além das vendas por assinatura que não param de crescer e os novos recursos da tecnologia, como as pesquisas por voz e a visualização interativa do produto, para que o público possa ter uma noção maior dele, com todos os seus detalhes.
Para quem lida com o vestuário, a aposta é nas redes sociais. É necessário um plano de comunicação consolidado em que a loja apareça em plataformas, como o Instagram e Pinterest Shopping ou o E-commerce no Facebook, além da periodicidade e interação nas publicações, aproximando-se ao máximo da linguagem da Internet.
O segmento de vendas de construção precisa se atentar a detalhes como a logística de entrega e controle do estoque. Além de ter um sistema eficiente que verifique todos os processos, fazer boas parcerias com fornecedores, entre outros.
Mesmo assim, as estratégias de Inbound Marketing e a construção de uma plataforma que ajude a melhorar a experiência do cliente são úteis para a maioria das áreas. Uma plataforma organizada e humanizada que ofereça conteúdo útil, de qualidade e atual aos seus visitantes consegue atrair o público mais facilmente.
Inovação tem de estar alinhada quando o assunto é commerce. O comportamento do consumidor atual mudou. Quem não se reinventa, perde vantagem no mercado. Por isso, é sempre importante acompanhar os avanços tecnológicos, as tendências de mercado, os hábitos sociais e a situação da economia mundial.
Contudo, ao mesmo tempo que a rede pode nos oferecer inúmeros benefícios, a experiência presencial continua sendo relevante. Neste caso, a aposta é na tecnologia que auxilia a medição da conduta dos clientes no ambiente físico, como o Wi-Fi, de forma que se consiga estruturar o físico para que eles se sintam acolhidos e tenham sequência da experiência que começou no online.