Pix automático B2B é a forma mais direta de substituir o “boleto do mês” por um fluxo de pagamento recorrente com autorização prévia do cliente e execução automática pelo Pix. Na prática, sua empresa passa a cobrar contratos recorrentes (mensalidades, licenças, manutenção, serviços continuados) com menos fricção, menos atraso e muito mais previsibilidade de caixa.
O Pix Automático entrou em operação em 16/06/2025, conforme comunicado público do Banco Central e cobertura da imprensa. Ele foi desenhado para cobranças periódicas e recorrentes, com autorização específica do pagador, usando a infraestrutura do Pix.
O que é Pix Automático e por que ele muda o jogo no B2B
O Pix Automático é um modelo em que o banco (ou instituição de pagamento) do pagador inicia automaticamente os pagamentos recorrentes, com base em instruções enviadas pelo provedor do recebedor, desde que o cliente tenha autorizado antes. Ou seja: o cliente não precisa “lembrar de pagar” e nem repetir a operação a cada vencimento.
No B2B, isso ataca um problema clássico: inadimplência por atrito. Muitas empresas não atrasam por falta de dinheiro, mas por rotina: boleto perdido, aprovação interna travada, pagamento feito fora do prazo, troca de responsável financeiro, etc. O resultado é um contas a receber inflado e energia desperdiçada em cobrança.
“Fim do boleto mensal”: o que muda no contas a receber
O boleto não some do dia para a noite. Mas, para contratos recorrentes, o Pix Automático cria um caminho mais simples: autorização uma vez, recorrência no fluxo do banco do cliente. Isso ajuda a reduzir atraso, diminuir o volume de reemissão/segunda via e aliviar o seu time financeiro.
Se você já organiza rotinas de contas a pagar e receber, o Pix Automático entra como uma camada de eficiência: menos tarefas manuais e mais consistência no recebimento.
Onde o Pix Automático B2B faz mais sentido
- SaaS e licenças: cobrança mensal/anual com renovação automática.
- Serviços continuados: contabilidade, consultoria, BPO, facilities, segurança.
- Manutenção e suporte: contratos de assistência técnica e planos de atendimento.
- Fornecimento recorrente: reposição programada para empresas (insumos, embalagens, escritório).
- Gestão de assinaturas B2B: modelos de “clube” ou assinatura corporativa (veja o racional em clube de assinatura).
O que você precisa saber antes de implementar
O Banco Central define que o Pix Automático é para pagamentos periódicos e que o usuário recebedor deve ser pessoa jurídica com CNPJ ativo. Também há regras de oferta pelos participantes do Pix (com obrigações no papel de pagador e possibilidade de dispensa para oferta a pagadores PJ, em casos específicos).
Outro ponto importante: a tarifa para o pagador é vedada; já a cobrança ao recebedor depende do acordo com o seu PSP (banco/instituição). Na prática, isso reforça a necessidade de negociar bem com seu provedor e ter governança do processo.
API Pix Automático: como isso funciona na operação
Para escalar, o caminho costuma passar por integração. O ecossistema do Pix Automático prevê jornadas e padronizações (incluindo API e arquivos padronizados), o que abre espaço para automatizar ponta a ponta: contrato → agenda de cobrança → confirmação → conciliação.
Em termos de processo, pense assim: o Pix Automático não é apenas “um novo botão no checkout”. No B2B, ele é uma engrenagem que conecta contrato, faturamento, contas a receber e conciliação.
Checklist prático: como migrar do boleto mensal para Pix Automático em 30 dias
| Etapa | O que fazer | Por que importa |
|---|---|---|
| 1) Mapear contratos recorrentes | Liste clientes, periodicidade, valores, vencimentos e regras de reajuste | Sem base limpa, a automação só “repete” erro |
| 2) Padronizar cadastros | CNPJ, razão social, centros de custo, contatos do financeiro, e-mail de cobrança | Reduz falhas e retrabalho na autorização |
| 3) Definir política de adesão | Quem entra primeiro? Novos contratos? Upsell para base atual? | Começar pequeno acelera aprendizagem |
| 4) Integrar cobrança + banco/PSP | Habilite API pix automático / rotinas padronizadas via seu provedor | Evita operação manual e dá escala |
| 5) Conciliação e auditoria | Automatize baixa, divergências e trilha de eventos | O ganho real aparece no “fechamento” |
O papel do ERP: menos inadimplência, mais previsibilidade
O Pix Automático resolve o “como pagar”. O ERP resolve o “como operar”. Sem um ERP, é comum a empresa conseguir ativar o recebimento, mas perder tempo (e dinheiro) na parte invisível: cadastro, controle de vencimentos, régua de cobrança, conciliação, relatórios e auditoria.
Dois pontos viram decisivos:
- Integração bancária: para trazer retornos, confirmar pagamentos e reduzir lançamentos manuais (veja como fazer a integração bancária).
- Conciliação financeira: para garantir que o que foi cobrado é o que entrou, com identificação rápida de divergências (veja a importância da conciliação financeira integrada).
Se a sua empresa já aceita Pix hoje, vale revisar boas práticas e riscos operacionais em Pix no e-commerce: vale a pena e como usar e, principalmente, preparar o financeiro para o novo padrão de recorrência.
ONCLICK KPL: base pronta para recebimento recorrente e automação do financeiro
Para quem busca um ERP com foco em operação e crescimento, o ONCLICK KPL foi desenhado para rotinas financeiras como contas a pagar e receber, integração com gateways e redução de retrabalho no backoffice. Na prática, ele ajuda a organizar o que o Pix Automático precisa para dar resultado: dados confiáveis, processos padronizados e visibilidade do caixa.
Se você quer trocar o boleto mensal por um pagamento recorrente B2B mais moderno, o caminho não é só “ativar o Pix Automático”. É estruturar a operação para receber melhor, com menos esforço.