A demonstração de fluxo de caixa — também conhecida como DFC — é um demonstrativo que auxilia os gestores para um constante acompanhamento da gestão financeira.
Trata-se de um relatório fundamental que evidencia a posição financeira de uma empresa em determinado período. Isso porque, utilizando a DFC, pode-se analisar quais foram as entradas e saídas disponíveis no tempo definido, sejam elas em caixa ou equivalentes de caixa — possibilitando, assim, um maior controle de recursos.
Um relatório de fluxo de caixa deve ser dividido em três áreas:
- atividades operacionais;
- atividades de investimentos;
- atividades de financiamentos.
Neste post, falaremos sobre os tipos de métodos, direto e indireto, a serem utilizados para a realização da DFC, como calculá-la e qual é a sua importância para os negócios. Acompanhe!
O que é método direto?
Para a elaboração da DFC pelo método direto, o gestor deve verificar primeiramente a classificação dos recebimentos e pagamentos, usando critérios mais apurados e técnicos.
Essas operações são de entradas e saídas, ocorridas de operações normais que se efetuaram durante o período determinado, como recebimento de clientes, pagamentos de fornecedores e pagamentos de despesas.
O que é método indireto?
A diferença para a elaboração da DFC pelo método indireto está nas atividades. Ao contrário de se apresentar os recebimentos de clientes, pagamentos de fornecedores e despesas, é oriundo da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) que se ajusta pelos itens econômicos, com variações das contas patrimoniais e não diretamente aos fluxos de caixa.
Como é calculada a DFC?
A demonstração de fluxo de caixa operacional é calculada com uma equação muito simples e fácil de entender:
Lucro antes de juros e impostos de renda (LAJIR) + Desvalorização – Impostos LAJIR
O resultado dessa expressão matemática é chamado de lucro operacional e pode ser encontrado no relatório anual da empresa, sem que haja a necessidade de calculá-lo. A seguir, utilizaremos um exemplo com números fictícios para uma organização, facilitando a visualização e o entendimento dessa conta:
Imagine que uma empresa tenha gerado um LAJIR no valor de R$ 30.000,00, teve uma desvalorização de R$ 3.000,00 e os impostos recolhidos somam o valor de R$ 8.000,00.
Dessa forma, o cálculo será o seguinte: 30.000 + 3.000 – 8.000 = 25.000.
Ou seja, o fluxo de caixa operacional dessa empresa para o dado ano é de R$ 25.000. Esse valor é uma das várias medidas financeiras que possibilitam calcular os lucros de uma organização, porém, é também um dos mais importantes e sólidos, já que faz referência ao real valor das operações e é praticamente impossível de ser manipulado.
Por que o cálculo da DFC é importante para as empresas?
Como podemos ver, a demonstração de fluxo de caixa pode ser usada para medir, de maneira mais confiável, o possível sucesso de uma empresa. Afinal de contas, um negócio pode estar gerando muitos lucros e faturando rios de dinheiro, mas, ainda assim, se não tiver esse controle, passar por dificuldades para pagar suas contas.
É bastante comum que empreendedores e gestores tomem algumas decisões equivocadas baseadas somente no fluxo de caixa, desconsiderando os aspectos operacionais. É preciso fazer a discriminação de todos os valores para não correr esse risco e poder sempre contar com uma projeção mais exata de valores. Lembre-se de que muitos problemas podem ser ocasionados caso o planejamento da empresa seja construído sobre números errados.
Como a DFC pode auxiliar nas tomadas de decisões?
A demonstração proporciona também muitas vantagens para o negócio, sobretudo no que diz respeito às tomadas de decisões, já que traz clareza para investir os recursos financeiros de forma assertiva, melhora a condição de comparação dos relatórios e é aliada às demonstrações financeiras.
O cálculo da DFC é um indicador muito importante a ser acompanhando, pois, vai mostrar quanto foi possível gerar de dinheiro para o seu caixa — e o melhor, sem confundir com outros resultados que podem levar a conclusões equivocadas sobre a situação financeira da empresa.
Vamos imaginar que você teve, em determinado mês, um fluxo de caixa de R$10.000,00, mas teve que pagar uma multa de R$5.000,00 para entregar seu escritório antes do tempo no contrato. Caso estivesse tudo confuso e misturado, você pensaria que seu resultado seria a metade do valor real e deduziria que o próximo mês seria ruim para as finanças, porém, essa não é a realidade.
Por fim, a demonstração de fluxo de caixa sempre é uma ferramenta muito ampla dentro da organização, possibilitando a realização de uma análise mais detalhada e um planejamento seguro — já que essa será a base de uma tomada de decisão mais assertiva posteriormente. Vale a pena ressaltar que um software de gestão pode ajudar a realizar o cálculo da DFC de maneira mais ágil e prática.
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