Até há pouco tempo, fazer compras pela internet era visto com desconfiança por muitos brasileiros. Mas não é por menos: o mercado de lojas virtuais é relativamente novo — e toda novidade gera receio por parte das pessoas.
Hoje, os consumidores estão mais maduros e sabem identificar quando uma loja virtual não é confiável. Sendo assim, comprar produtos on-line tornou-se parte da rotina.
Para os comerciantes, esse novo hábito dos consumidores foi bastante benéfico. Além de possibilitar que diversas pessoas abrissem sua primeira empresa com um investimento menor, aqueles que têm estabelecimentos físicos puderam expandir seus negócios. Com isso, o número de sites de e-commerce no Brasil cresceu consideravelmente.
Quer descobrir qual a realidade do e-commerce no país, o que esperar para o futuro e quais as melhores práticas para manter-se relevante no mercado? Continue a leitura!
Qual é a realidade do e-commerce brasileiro?
Não são somente os consumidores que estão mais maduros, mas o mercado de maneira geral. Um levantamento, feito em 2017, constatou que existem cerca de 600 mil sites de e-commerce no país.
Apesar do tempo médio de vida ainda ser baixo (6 meses), o número dobrou se comparado ao ano anterior (3 meses). Isso significa que os proprietários de lojas virtuais estão entendendo como funciona o comércio on-line.
Outro fato interessante é que aproximadamente 70% dos lojistas utilizam ferramentas como o Google Analytics para medir o desempenho do site de e-commerce (ou seja: ainda falta planejamento para muitos). No entanto, houve uma alta de 11% no período de um ano.
Além dessas ferramentas de monitoramento, os brasileiros estão utilizando diferentes plataformas digitais para impulsionar suas vendas. As mídias sociais, como o Facebook, o YouTube e o Instagram, são as principais escolhas para a divulgação dos produtos.
Devido ao alto poder de segmentação dos anúncios nessas plataformas, o retorno costuma ser satisfatório. Mesmo com a crise enfrentada pelo país, diversas áreas do comércio eletrônico aumentaram suas vendas, especialmente nas datas comemorativas.
Na Black Friday de 2017, por exemplo, os eletrodomésticos lideraram em termos de pedidos e faturamento. No entanto, o setor que mais fatura anualmente é o de telefonia/celulares, representando 22,3% do total.
O que esperar para o futuro?
Enquanto diversos estabelecimentos comerciais sofreram quedas devido à crise, o e-commerce, em geral, ainda conseguiu crescer. O principal motivo é que comprar on-line é uma das formas mais vantajosas para os consumidores, pois permite que ele faça uma rápida comparação de preços e encontre ofertas interessantes com apenas alguns cliques.
Isso sem contar que você pode pesquisar a reputação das empresas em sites e redes sociais. A perspectiva de crescimento das lojas virtuais para o futuro próximo é animadora. Segundo o Google, as vendas pela internet no Brasil vão dobrar até 2021, o que significa um crescimento médio de 12,4% ao ano.
Além de o brasileiro ter criado o hábito de fazer compras on-line, os dispositivos eletrônicos se tornaram mais acessíveis, aumentando o número de possíveis clientes. E, por falar em aparelhos eletrônicos, os smartphones são os grandes responsáveis pelo crescimento do e-commerce.
Atualmente, cerca de 30% das compras são realizadas por celulares, enquanto a participação desses dispositivos era de apenas 4,4% em 2013. É fácil entender a razão dessa alta, pois estamos falando dos aparelhos mais utilizados pelos brasileiros para acessar a internet.
Como manter sua loja virtual relevante no mercado?
O sucesso de uma loja virtual não depende apenas da realidade econômica do país, mas de suas ações. Mesmo quem já tem experiência no comércio precisa tomar alguns cuidados ao migrar para o ambiente digital. Portanto, decidimos trazer algumas práticas essenciais no e-commerce. Confira!
Tenha cautela ao escolher um nicho de mercado
O erro de muitos iniciantes ao criar uma loja virtual é entrar em um nicho de mercado bastante concorrido ou dominado por gigantes do varejo. É claro que, se você já tem um nome forte no mercado em determinado segmento, não há razões para mudar.
Mas, se esse não é o seu caso, procure um nicho pouco explorado e que tenha demanda. Uma boa ferramenta para descobrir tendências e analisar a viabilidade de cada uma delas é o Google Trends.
Seja responsivo
Como dissemos há pouco, os consumidores estão cada vez mais utilizando os smartphones para comprar on-line. Logo, se seu site de e-commerce não é responsivo — ou seja: não se adapta aos dispositivos móveis —, você perde clientes importantes para o negócio.
Afinal, ninguém consegue ficar por muito tempo em um site no qual é preciso dar zoom para ler as descrições ou clicar nos ícones.
Invista em marketing digital
A propaganda sempre foi (e continua sendo) a alma do negócio. Com tantas lojas virtuais surgindo, é fundamental que você dê visibilidade à sua marca para não passar despercebido.
Além das redes sociais, uma boa dica é investir em links patrocinados do Google AdWords. A maioria das pessoas faz suas pesquisas nos mecanismos de busca para encontrar algum produto. Então, se você não está lá, deixa de conquistar muitos clientes.
Monitore seus resultados constantemente
Tanto seu site de e-commerce quanto suas campanhas de marketing devem ser monitoradas constantemente. Assim, você consegue identificar possíveis problemas e fazer os ajustes o mais cedo possível.
Quanto ao site, a ferramenta mais indicada é o Google Analytics. Por meio dela, você consegue ver o número de acessos, as páginas com a maior taxa de rejeição e o tempo de permanência dos usuários, entre outros dados.
Em relação aos anúncios, é igualmente importante mensurar os resultados, para que você identifique as ações e os canais que mais trazem retorno. Para tanto, é preciso analisar diferentes métricas. Nem sempre as visualizações ou os cliques são os fatores mais relevantes: é necessário, também, verificar a taxa de conversão e o ROI (Retorno sobre o Investimento).
Portanto, podemos concluir que ter uma loja virtual no Brasil é vantajoso, sendo que a perspectiva de crescimento é positiva. Ainda há muito espaço para o e-commerce se desenvolver — e aqueles que já estão inseridos nessa realidade têm uma vantagem sobre os concorrentes.
No entanto, nada deve ser feito sem planejamento. Desde seu nicho de mercado até o modo de se relacionar com o cliente na loja virtual: tudo precisa ser bem pensado.
O que achou deste panorama do e-commerce no Brasil? Animador? Então, compartilhe nosso post com seus amigos nas redes sociais!