Redação ONCLICK 
Todo mundo já comprou um produto pela internet, esperou dias para ele chegar e na hora de abrir a embalagem se decepcionou com o que viu, seja pelo tamanho, cor, aparência, textura e outros. Parte dessa experiência decepcionante — que não ocorre na loja física — faz com que toda vez que você receba uma oferta online imperdível sempre fique com aquela “pulga atrás da orelha”.
Um jargão antigo já dizia que “a primeira impressão é a que fica”. Depois que se vive uma frustração — como a compra errada de um produto — é difícil perder a imagem negativa que a loja transmitiu. Isso também é verdade para lojas físicas.
O fato é que, depois do boom do e-commerce, as maiores empresas do comércio varejista virtual estão abrindo lojas físicas, pois notaram que muitos dos seus clientes fazem pesquisas em comércios virtuais, mas ainda preferem comprar pessoalmente seus produtos.
Neste post, separamos os maiores benefícios de ter uma loja física e os pontos que devem ser explorados nesse comércio tradicional. Confira!
Olhos nos olhos
Sabe aquela sensação de confiança que só um olhar pode passar? Pois é, isso aí o e-commerce não pode fazer. Existem diversos fatores que a presença do vendedor se sobressai ao mundo virtual.
O olhar, o aperto de mão, o tom de voz, a atenção ao ouvir o que o cliente tem a dizer e a postura são elementos humanos que devem ser explorados pela equipe de vendas de modo a converter mais clientes.
Segurança
A quantidade de cibercrimes tem crescido com o aumento do tráfego de informações pessoais. A mídia tem criado algumas campanhas para alertar usuários a terem cuidado e destreza ao inserirem dados pessoais e de cartões de crédito em sites de compras.
Mais um ponto para a loja física, uma vez que ao realizar suas compras, o cliente insere seu cartão e digita sua senha sem ter que se preocupar se a loja é fake. Afinal, na hora de pagar, ele já viu, testou e aprovou o produto que está levando.
Pechincha
Bons consumidores sabem o poder de uma boa pechincha e bons comerciantes também. Diferentemente do comércio virtual, em que as condições e prazos de pagamentos são engessados, no comércio tradicional o cliente tem espaço para pedir aquele desconto no pagamento à vista, parcelamento em “n” vezes, crediário e outros.
O empresário ciente disso dá margem para seus vendedores trabalharem a venda de modo a não perder nenhum negócio.
Prazer das compras
Nada melhor do que sair da loja abarrotado de sacolas. O sentimento é de poder, satisfação pessoal e prazer. Em muitas ocasiões, sair para as comprar é um programa de família, em que todos escolhem as cores, a textura ou o tecido que melhor combinam com suas casas ou com a festa que vão fazer.
Entrega
Esse é mais um ponto-chave de quem vende em loja física, uma vez que atende aqueles clientes ansiosos que não conseguem esperar dias até o produto chegar. Comprando em uma loja física — desde que sejam produtos leves e pequenos — ele mesmo pode levá-los para casa.
Empresas do e-commerce têm trabalhado muito com a logística de entrega de seus produtos, portanto, antes que eles se tornem referência por agilidade na entrega, você deve fazer o melhor para que o cliente não sinta a falta do produto que comprou em sua casa.
Clientes da melhor idade
Ainda existem aqueles clientes que não aderiram à moda de usar a web para comprar seus produtos. Muitas vezes eles até ignoram completamente a existência da internet e vivem muito bem sem ela.
Esses clientes precisam ir até uma loja concreta, conversar com os vendedores e ver o produto antes de fechar o negócio. Embora saibamos que com o passar dos anos esse perfil tende a diminuir, esses consumidores ainda podem ser um ponto forte nos seus negócios.
Perspectivas e expectativas
Todo mundo já sofreu com isso. Pode ser com uma peça de roupa que na foto era bonita e confortável, mas que quando foi usá-la parecia que não foi feita para você — um pouco torta e sobrando ou faltando tecido. Ou um móvel que aparentemente era perfeito para sua cozinha ou quarto, todavia quando o montou em sua casa ele parecia estar deslocado.
O fato é que, devido à frustração, as pessoas preferem ver pessoalmente como ficam dispostos ou confortáveis os produtos que desejam comprar. Ter essa perspectiva de disposição do produto ajuda o cliente a tomar decisões difíceis com itens volumosos ou que somam uma grande quantia e isso e-commerce nenhum pode oferecer.
Devoluções
Esse é um ponto que muitos lojistas têm falhado no relacionamento com seus clientes. No mundo online o cliente tem que ligar para a loja vir buscar o produto, esperando dias para poder realizar uma troca e, algumas vezes, precisa pagar taxas de devolução. Já no universo offline, o cliente vai pessoalmente realizar a troca e, às vezes, com o produto na mão.
E vendedores correm de devoluções — eles têm que gastar tempo com isso quando poderiam estar prospectando novos clientes, além de não ganhar nenhum incentivo nesse processo.
Assim, criar mecanismos internos que agilizem o processo de devolução gera maior segurança para o cliente que pode, devido ao bom atendimento no pós-venda, ser fidelizado.
Complemento do online
Gigantes do comércio virtual como a Amazon, Westwing, Oppa e Dafiti já abriram suas primeiras lojas de tijolo e cimento, pois acreditam que ampliar a experiência dos seus clientes, unindo o melhor dos dois mundos — virtual e físico — pode aumentar suas vendas.
O que o lojista deve ter em mente é que um ambiente é complemento do outro. A geração atual de consumidores tem acesso à internet 24 horas por dia e não perde a oportunidade de pesquisar seus produtos antes de comprar.
O boom do e-commerce na virada do século XXI deu a impressão ao mercado que a loja física seria tão obsoleta quanto ferramentas de pedras foram no passado. Mas estavam enganados os que fizeram essa previsão, a ponto de as empresas que antes eram exclusivas do comércio eletrônico reavaliarem suas estratégias e construírem lojas físicas.
O perfil da atual geração na hora das compras é predominantemente de pessoas que buscam sentir, tatear e ver o produto antes de comprar, colhendo o máximo de informação disponível. Portanto, aliar os pontos fortes dos mundos virtual e real é a nova tendência.
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