*Por Marcel Farto, CEO da ONCLICK
Quando se fala de arquitetura logo vem à mente as construções concebidas por arquitetos. Mas o significado e aplicação do termo vai muito além. Pode ser considerado como o conjunto de elementos que perfazem um todo; a estrutura, a natureza e a organização.
Tomando essa definição como base em um mundo hiperconectado como o em que vivemos, chegamos à arquitetura digital ou de software, como é mais conhecida. Iniciada no fim da década de 60, quando o objetivo era estruturar um sistema antes de desenvolvê-lo, esse conceito de arquitetura teve sua evolução apenas nos anos 90, quando colocou em prática a perspectiva de padrões para o desenvolvimento de softwares.
Nesse período surgiram estudiosos, como David Garlan e Mary Shaw, autores do livro ‘Uma Introdução à Arquitetura de Software’, o qual sugere o design voltado à solução de problemas.
Seguindo essa lógica, a arquitetura de software é composta não apenas pelos algoritmos, mas é uma combinação das estruturas, do controle, dos elementos, sincronização, acesso aos dados e distribuição física e de desempenho de um sistema. Preocupa-se com o todo: desde as funcionalidades até à aparência e navegabilidade para o usuário final.
E mais ainda, traz benefícios tais quais: a redução de riscos, o alinhamento das expectativas entre os diferentes setores, a construção de aplicações flexíveis e de qualidade, a integração e a segurança das aplicações.
Mas por que a arquitetura de software tornou-se tão relevante?
A conectividade aumentou proporcionalmente os investimentos em TI – software, hardware e serviços -, chegando em US$ 47 bilhões no Brasil em um ano, segundo os dados da última pesquisa divulgada pela Abes Software.
O que se observa é que a arquitetura de software é responsável por boa parcela desse montante, tornando-se fundamental para as empresas. Está diretamente ligada à orientação do negócio e, nesta construção, o software passa a ser um ativo de valor estratégico, o qual otimiza e escala a operação a partir de soluções e aplicações desenhadas para cada área.
Ao implantar a tecnologia em uma empresa, busca-se representar a informação compatível às necessidades não apenas internas, mas para atender ao consumidor final de forma simples e assertiva. Quando olhamos para o varejo nessa perspectiva, vemos recursos imprescindíveis para o gerenciamento e integração das operações em todos os canais, o que conhecemos por omnichannel, e é facilitado por um software adaptado aos tipos de produtos vendidos.
Como desenhar a estrutura da sua loja
O primeiro passo é entender toda a sequência de demanda interna. A partir da definição de todas as áreas e dos processos, o software é adaptado para atendê-las.
Este vai contemplar quesitos como: frente de caixa, controle de estoque, análise de crédito, comissões, controle financeiro, gestão de compras, integração fiscal e contábil, além de relatórios segmentados e completos, com uma visão geral da loja.
Ao ter todas as informações da loja física em apenas uma tela, você também é capaz de traçar o perfil do consumidor e a definir quais são as direções a tomar.
Além da loja física, a operação do e-commerce e do marketplace é beneficiada com essa arquitetura. Isso porque integra todos os recursos necessários, para que o cliente compre e receba sem contratempos.
Na área do software para loja virtual, há aplicações para integração do físico com o virtual, gerenciamento de estoque, cadastro de produtos, compras, financeiro, logística e venda. Tudo conectado às principais plataformas de e-commerce e marketplace.
Benefícios ao integrar a loja física, a virtual e o marketplace
Nesta integração proporcionada por um sistema que funciona como um hub omnichannel, atende-se aos pedidos oriundos de qualquer plataforma – física, e-commerce e marketplace.
No centro dessa operação, o software conecta as atividades nas plataformas de marketplace e de e-commerce, soluções de frete, ferramentas complementares como CRM, meios de pagamento, agência de comunicação, ERP e sistema PDV.
Além da integração, é possível realizar a gestão multicanal com o gerenciamento de estoque de produtos, assistente inteligente de compras, administração financeira, expedição e notas fiscais.
A experiência de uma arquitetura omnichannel desenvolvida para a sua operação reflete diretamente na experiência do seu cliente, fazendo com que gere mais vendas, seja no ambiente físico ou no digital.
Marcel Farto, CEO da ONCLICK, é formado em Sistemas de Informação pela Unesp e possui MBA em Gestão Empresarial pela FGV. O executivo soma 20 anos de experiência no segmento de TI, numa trajetória que mescla empreendedorismo e gestão de negócios. Começou na ONCLICK em 2012 como Diretor de Desenvolvimento, assumindo a presidência em 2014. Antes, foi fundador e CEO da Commit Consulting.