Por Enio Ciappa, diretor comercial da ONCLICK
O ano de 2020 nem acabou, mas já mudou tudo aquilo que conhecíamos: comportamentos, hábitos, expressões, a nossa própria vida.
Todos já devem estar exaustos de ouvir o tal “novo normal”, “novo isso”, “novo aquilo”.
Pois pasmem: realmente, houve uma guinada em todo os aspectos da vida cotidiana, incluindo os negócios.
Por quanto tempo você foi resistente a aceitar a tal “nuvem” ? Disponibilizar os seus dados pessoais num “outro lugar”?
E as empresas então? O nível de resistência em admitir o uso desta tecnologia até pouco tempo atrás (e principalmente antes da pandemia), era ainda muito alta, apesar de todas as vertentes de segurança e, em muitos casos, de economia financeira. Mas, tudo mudou!
Todo este grande evento envolvendo a saúde pública acabou acelerando alguns processos que eram inevitáveis, e ampliando outros que já estavam no caminho de uma consolidação.
Um destes processos é o nosso cotidiano em relação às compras, sejam de artigos de primeira necessidade, ativos, acessórios, não importa! Praticamente compra-se e vende-se de tudo que pudermos imaginar, através do comércio eletrônico.
Um pouco de história sobre a Black Friday
Dentro deste processo, um dos marcos há alguns anos é a Black Friday. Aliás, há indícios de que o movimento tenha iniciado na década de 90, como uma data que abria as compras de natal – geralmente no primeiro dia após a comemoração de ação de graças nos USA. Outros dizem que se iniciou mesmo em 2005, já com a internet conquistando tudo e a todos.
Um dia especial muito aguardado tanto pelos varejistas (e por tabela produtores, distribuidores, etc.) como também pelos próprios consumidores, na expectativa de realizarem sonhos de consumo com excelentes negócios.
Realmente, qualquer balanço que se faça dos resultados obtidos após esse “Grande Dia” trarão sorrisos de ambos os lados.
Sobre o Black Friday, desde o seu surgimento e principalmente com o avanço tecnológico permitindo a interação online com os grandes centros de consumo, a internet se tornou um canal condutor ainda mais propício para ótimos negócios.
Era comum, até pouco tempo atrás, que os proprietários, os donos de algum varejo físico, começassem a elevar o nível de ansiedade porque faltavam poucos meses para o “grande dia” (e isso ainda continua ocorrendo). E, por isso, muitas vezes houve quem embarcou desesperadamente em “barcos furados”, contratando serviços e soluções, tentando desesperadamente participar deste evento, mas acabou colhendo decepções e certa prevenção com o comércio eletrônico.
Todos os dias são Black Friday!
Agora, com toda a situação que estamos vivenciando, podemos dizer que “todos os dias são Black Friday”. Todos os dias são passíveis de “grandes vendas” com grandes promoções no varejo virtual.
Sim, se verificarmos os resultados obtidos desde o início de toda a quarentena, percebemos que diversas empresas passaram dificuldades (inclusive com o fechamento de muitas, infelizmente) porque têm no aspecto físico e local o combustível para sua venda.
Em contrapartida, outras que conseguiram mudar, ou que já vinham se preparando há algum tempo para atuarem no meio digital, estão verdadeiramente “surfando”, obtendo resultados expressivos e mostrando o grande potencial que esta modalidade de venda, o comércio eletrônico, possibilita.
Então, se posso dar um conselho, ou então uma simples dica, seria: procure obter mais informações sobre o que é o e-Commerce. Posso adiantar que não é tão simples como muitos podem pensar: ele exige preparação, planejamento, estratégia, a adoção de uma arquitetura eficaz em termos de tecnologia.
Por outro lado, também não é algo que está fora do alcance da maioria, muito pelo contrário!
Por onde começar a estruturar o e-commerce para a Black Friday?
O importante é pensar cada etapa do seu processo: o que quero vender ? Onde vender ? Como vender ? Com quem poderei contar neste caminho ? Quem são meus parceiros ? E por aí vai….
É preciso apenas entender que precisará mudar alguns conceitos, compreender o fluxo do processo e, principalmente, o tempo. Sim, o tempo é fundamental: a experiência do cliente na transação pelo comércio eletrônico pressupõe velocidade, assertividade, interação rápida e logística próxima da perfeição.
Portanto, não espere chegar próximo ao Black Friday para tomar uma decisão, até porque, neste exato momento, é pouco provável que consiga fazer a implantação completa em sua operação de tudo aquilo que é necessário para que possa participar deste “grande dia”.
Contudo, considere que existe uma grande possibilidade da Black Friday ser diluída em mais dias, em mais eventos. Não me refiro àquelas datas comemorativas já amplamente conhecidas de todos, mas movimentos que ocorrem de maneira tão rápida, que podem propor justamente grandes oportunidades de realização de negócios.
Sem medo de errar: todos os dias podem ser Black Friday…..todos os dias!!!
Com a mudança de comportamento, novas regras, preocupações e anseios que estão surgindo, o comércio eletrônico se fortalece a cada dia e você pode fazer parte disso tudo.
Pense a respeito e comece a avaliar a possibilidade de iniciar um processo estruturado e consistente, que lhe permita estar sempre preparado para qualquer “grande dia” que surja pela frente.
Os resultados, posso garantir, lhe trarão enorme satisfação.