Eficiência operacional: o que é e como alcançá-la na indústria?

Na indústria, a eficiência operacional pode ser entendida como a adoção de medidas visando melhorar diferentes processos. O objetivo é otimizar não só as atividades práticas, mas fatores em geral, aumentando o desempenho de funcionários e equipamentos. Assim, a empresa consegue prever erros e falhas e solucioná-los de maneira inteligente, evitando problemas maiores e tendo melhor retorno financeiro.

Para que você entenda realmente a importância da eficiência operacional, neste artigo, apresentaremos os benefícios desse conceito, assim como os passos que você deve seguir para superar os desafios da implementação. Confira e boa leitura!

Quais os benefícios da eficiência operacional?

Quando o gestor ou empresário decide trabalhar a eficiência operacional na empresa, é porque o conceito é algo importante, e bastante útil, para o negócio. Afinal, trabalhar com operações executadas de forma eficiente resulta em uma quantidade considerável de vantagens.

Confira, abaixo, alguns dos benefícios que uma política de eficiência operacional pode trazer para a sua empresa.

Ganho de produtividade

Logicamente, quando se implementa práticas voltadas à impulsão operacional, o ganho em produtividade é algo natural. Ou seja, quando as atividades são desenvolvidas de forma eficaz, com excelência em todas as etapas e com agilidade, o tempo médio de execução é reduzido. Assim, outras funções podem ser desempenhadas, aumentando a qualidade e a quantidade produtiva dos profissionais.

Mas é preciso entender que eficiência operacional não é sinônimo de rapidez. A impulsão produtiva só acontece, de fato, se os colaboradores forem capazes de realizar suas tarefas com máxima habilidade e com o mínimo de esforço tempo, energia, materiais etc. Ao atingir esse cenário, a vantagem estará concretizada.

Identificação de falhas nos equipamentos

Em um sistema de eficiência operacional, a empresa trabalha com mapeamento e acompanhamento das falhas nos equipamentos da indústria. Com isso, é possível não só se precaver de futuros defeitos, como também escolher o melhor tipo de manutenção.

No geral, existem três tipos de manutenção de máquinas:

  • preventiva;
  • preditiva;
  • corretiva.

Preventiva

A manutenção preventiva é a mais conhecida e, geralmente, a mais utilizada pelas empresas. Aqui, a intervenção é feita de forma prévia, considerando o histórico de uso do equipamento, bem como as recomendações disponibilizadas pelo fornecedor. São definidas datas para a manutenção de cada equipamento, deixando-o fora de funcionamento na maior parte do tempo.

Preditiva

A manutenção preditiva é o acompanhamento e análise de dados sobre os equipamentos, extraídos através de ferramentas especializadas. Por meio desse trabalho é que se define a necessidade de intervenções. Com isso, é quase zero a chance de a empresa ser pega de surpresa por alguma falha. 

Apesar de ser a forma mais eficiente, ela não é tão adotada quanto a anterior. Mas isso é de fácil entendimento: para que essa estratégia seja colocada em prática, é preciso adquirir ferramentas específicas para análise e detalhamento da situação de cada equipamento. Além disso, é preciso treinamento para que os funcionários manuseiem tais ferramentas e consigam interpretar as informações obtidas.

Corretiva

A mais arriscada forma de manutenção. No sistema corretivo, a intervenção nos equipamentos só acontece depois do surgimento das falhas. Além de não oferecer muita segurança para os trabalhadores, na manutenção corretiva, a empresa corre o risco de ter suas máquinas paradas por um longo período. Basicamente, a manutenção corretiva é a única que está longe do conceito de eficiência operacional.

Redução de custos

Quanto mais a empresa desenvolve seus processos com eficiência, menos ela gasta com retrabalhos ou consertos. E nesse contexto não entram apenas os serviços práticos. A eficácia está desde a contratação de profissionais adequados até a compra de matérias-primas, economizando em:

  • recursos humanos;
  • materiais;
  • tempo.

É importante que o gestor entenda que a redução de custos é uma consequência direta da eficiência operacional. Por exemplo, muitas vezes a empresa alcança suas metas, mas não tem um ganho real, apresentando um gasto acima da média para chegar ao seu objetivo.

Em outras palavras, reduzir os custos tem grande relevância, pois otimiza os recursos, e garante mais dinheiro para investimentos em atividades centrais e planejamentos de expansão.

Como vencer os desafios ao se implementar a eficiência operacional?

Trabalhar dentro de um sistema de eficiência operacional traz um leque de benefícios e oportunidades para a empresa. Mas para extrair essas vantagens é preciso superar as dificuldades de uma implementação.

Confira dicas de como adotar essa política de maneira assertiva.

Aplique o OEE (Overall Equipment Efficiency)

O Overall Equipment Efficiency (Eficácia Geral do Equipamento, em português) é o indicador que permite à empresa analisar e detalhar fatores importantes de um equipamento, tais como:

  • por quanto o equipamentos esteve disponível;
  • níveis de velocidade e produção;
  • quantidade de produtos criados.

Com isso, o gestor consegue ter dados suficientes para saber se vale a pena manter o equipamento em uso ou se é recomendável um novo investimento. Isso ajuda não só na produção, como também na redução de custos, evitando que a empresa continue com uma máquina que não apresenta potencialidade suficiente para atender às necessidades.

Em suma: o OEE é importante, pois traz uma análise quantitativa e qualitativa das ferramentas, ajudando na tomada de decisões considerando os custos e os lucros da indústria.

Considere a aplicação do POP (Procedimento Operacional Padrão)

Como o nome pressupõe, o POP é um conjunto de ferramentas utilizadas para padronizar os processos operacionais. Em um setor que conta com diferentes turnos de atuação dos funcionários, é importante definir um roteiro a fim de guiar os colaboradores e extrair resultados positivos.

Com isso, a empresa garante que o trabalho seja executado com a mesma qualidade e eficiência em qualquer turno, bem como diminui os erros. Para criar os POPs, você deve:

  • definir nomes fáceis e atrativos para os procedimentos padrão;
  • colocar as etapas separadas e de maneira clara;
  • descrever equipamentos e locais de desenvolvimento de cada POP;
  • apresentar documentos ou informativos que podem ser utilizados como referência, para os funcionários que tiverem dúvidas.

Invista em tecnologia (sistema como o ERP)

O aumento da eficiência industrial está ligado diretamente à implantação da tecnologia. Desde a primeira revolução industrial até a chegada da indústria 4.0, é possível perceber a influência da tecnologia na eficiência operacional das empresas.

E agora, mais do que nunca, o investimento em tecnologia é de suma importância. A melhor parte é que, na era digital, é possível contar com ERPs inteligentes para automatizar processos e dinamizar várias atividades.

É interessante buscar softwares que não só facilitem o trabalho rotineiro, como também proporcionem outros benefícios, como integração de setores, acessibilidade, armazenamento de dados, entre outros.

Enfim, investir na eficiência operacional na indústria é a melhor maneira de otimizar o trabalho dos colaboradores da empresa. A partir dessa política, os processos tendem a ser cada vez melhores, aumentando a capacidade produtiva dos profissionais e a vantagem competitiva da empresa. Com o esforço geral trazendo melhores resultados, o clima organizacional fica mais saudável e a motivação se torna constante.

Agora que você já conhece como funciona e qual a importância da eficiência operacional, que tal conferir quais são os 5 principais desafios enfrentados por empresas de distribuição?

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